As peças utilitárias de vasos, pratos e jarras da cerâmica Saramenha são rústicas e pintadas com traços e borrões.
Suas formas simples e naturais podem vir ornamentadas com flores ou frutas. A principal característica da Cerâmica Saramenha é seu aspecto vitrificado obtido através de um verniz preparado com óxido de ferro e pedra moída.
Esta vitrificação acontece sempre na segunda queima das peças de argila negra em forno de tijolos a lenha a baixa temperatura. É justamente no posicionamento das peças neste momento da vitrificação que acontece o mistério da transformação destas peças em cerâmica
Saramenha de cores amarelo ouro, verde, marrom-avermelhado com seus brilhos e texturas únicas. Conhecida “também como "louça mineira”, "louça vidrada", "louça bárbara".  A Cerâmica
Saramenha chama atenção pelo aspecto vidrado conseguido por pigmentos metálicos conhecida por esmalte "Estanífero" cuja técnica de origem portuguesa. 
A Cerâmica Saramenha foi desenvolvida há mais de 200 anos  em Minas Gerais. A técnica chegou ao Brasil no final do século XVIII, com o padre português Joaquim Viegas de Menezes, que descobriu o barro na região de Ouro Preto.
No início do século XlX, uma fábrica de cerâmica foi aberta em Vila Rica (hoje Ouro Preto), na chácara do Barão de Saramenha daí o nome da técnica. A fábrica abasteceu de louças inúmeras cidades ao longo da Estrada Real, até que foi fechada, devido à proibição imposta pela Coroa Portuguesa de se fazer produtos manufaturados no Brasil.
Os trabalhadores, no entanto, continuaram a produzir a arte, que foi sendo passada de pai para filho. Em Ouro Branco os segredos da Cerâmica Saramenha estavam concentrados no Mestre Bitinho (Silvestre Guardiano Salgueiro), que antes de falecer em 1988, ensinou a técnica ao discípulo Rosemir Hermenegidio Conselheiro Lafaiete MG.